segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E.

"Eu sei que sou mauzinho, mas tu tens de gostar de mim!"

Mas que grande lata!

Sabes que fazes maldades, não mudas e ainda afirmas convicto que eu sou obirgada a gostar de ti.

Pois... custa... mas é verdade.


Tiras-me do sério com os teus 'não'.

Dás-me cabo da cabeça com as tuas teimosias.

Mas a verdade é que não tenho outra hipótese: estou condenada a amar-te

A ti e ao teu irmão!


Hoje mais do que ontem, mas menos que amanhã!

F.

Estavas do lado de lá da mesa a fazer o trabalho de casa.
Eu estava do outro lado a ler a correspondência e a atualizar a agenda.
Levantei os olhos e vi-te a consultar o dicionário.
Tu estavas a consultar o dicionário.
TU!
Eu sei que é um ato comum e que se trata de um gesto banal.
Mas não para mim.
Saiste de mim quase há 8 anos e agora estás, à minha frente, a consultar um dicionário.

"Sabes, Mãe, não concordo com este sinónimo."
Ainda no outro dia estavas a palrar e a começar a balbuciar pa-pa e ma-ma e agora avalias o dicionário?!
"Fazia mais sentido se fosse..."
Desculpa! Não ouvi o que disseste.
Ou antes: eu ouvi, mas não interiorizei - fiquei estarrecida a observar-te.

Estás tão crescido, filho!
Tens uma capacidade de raciocínio tua, tens a tua opinião, pensas e processas... tu... que ainda ontem estavas a começar a andar.

Estás a ficar um rapazinho, meu filho!
E eu só espero continuar a saber acompanhar-te nesta tua caminhada rumo ao sucesso - sim, porque a ti só podem estar reservados grandes feitos.
E não sou eu a primeira a dizê-lo!