terça-feira, 9 de novembro de 2010
Mas não gosto...
Gosto ...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Uma lição de 6 anos de sabedoria!
Quero crescer e ser médico e viajar e ajudar quem precisa e levar-te comigo a sítios sobre os quais leio ou vejo imagens em revistas e livros.
Quero fazer a diferença, Mãe.
Quero que o Mundo mude para melhor e quero ter a certeza de que as coisas más desaparecem.
E quero que o tempo se despache para eu conseguir isso. Mesmo sabendo que tu preferes que ele passe mais devagar.
E quero-te por perto, Mãe.
Por isso, tem calma, sossega o teu coração agitado e acredita em mim: VAI MESMO CORRER TUDO BEM!
Vê se me entendes de uma vez por todas, Mamã: VAI MESMO CORRER TUDO BEM!
Por isso, faz desaparecer essa encurrilha de preocupação na testa e brinca comigo - como só tu sabes!
Vamos fazer uma asneira?!
; )"
domingo, 29 de agosto de 2010
Vem aí uma nova fase (aguenta coração!)!
Sim, cada um terá uma nova escola.
Sim, eu não posso continuar a controlar tudo.
Mas vou continuar a tentar transmitir-vos os valores certos, numa tentativa maternal de vos dotar das melhores ferramentas de que disponho para de vocês fazer bons homens.
O meu coração está apertado, admito.
Mas apenas porque vos adoro.
Porque criei os vossos corpos do nada e agora ... ando a mando deles enquanto vocês criam os vosso universo onde eu sou ... a chata das regras e das horas e dos transportes!
Mas sou a vossa chata - pelo que de mim não se safam assim tão facilmente.
Comprometo-me a dar-vos o vosso espaço, sem dúvida. Mas espero a ele pertencer sempre!
O meu coração continua apertado, admito novamente.
Mas apenas porque vos adoro mais do que vocês algum dia vão conseguir medir!
E porque sei que vos estão reservadas grandes vitórias e grandes sucessos - basta vocês quererem perder tempo a ouvir a vossa chata!
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Parabéns ...
terça-feira, 1 de junho de 2010
O ciclo dos dentes
Curiosa esta vossa situação em pontos quase opostos da fase dentífrica da infância.
E ser mais novo também é isso, meu querido: é seguir as pisadas do mais velho, sem ter de cometer os mesmos erros.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Data memorável!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
A minha segunda cicatriz já faz 1 ano!
domingo, 16 de maio de 2010
Já passou, mas custou!
13 de Maio de 2010 será, para mim, recordado como o dia em que o meu coração mais apertado esteve por ti, meu querido filho mais velho.
Tudo de correu bem e tudo foi bem sucedido... excepto o facto de teres demorado a reagir após a anestesia e de teres vomitado a mesma mais do que uma vez.
É impressionante como dói vermos um filho menos bem sem que nada possamos fazer para ajudar.
Qualquer mãe prefere sofrer a ter um filho em sofrimento, mas tal nem sempre é possível.
E eu lá estive ao teu lado, o tempo todo, 13 longas horas que pareceram 13 semanas, sem que jamais me visses senão meiga, cooperativa e fonte de grande segurança.
Acho que me portei bem e até evolui: desliguei-me de tudo e estava ali por ti e para ti a 1000%.
(I do listen to what you say, Sital!)
Procurei não te preocupar, procurei compreender e procurei ajudar.
E pela forma como hoje já estás recuperado, creio que em ti as mazelas não deixarão marcas. Já em mim ... apesar de muito internas, não vou negar que ainda tenho um rescaldo pela frente!
E quando tudo passou, quando a certeza de que tudo estava mesmo, mesmo, mesmo bem foi alcançada ... foi nos braços da minha Mãe que eu desabei.
É que há Mães cujo colinho é o único sítio onde podemos ser nós mesmo, sem qualquer máscara ou armadura - e a minha é uma delas!
OBRIGADA, Mãe pelo colinho!
OBRGADA, Mana pela força!
OBRIGADA, Pai pela companhia!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Coração Apertadinho!
Eu sei que a intervenção vai ser bem sucedida.
Portanto, cinjo-me ao meu papel e estarei ao teu lado a cada segundo, sempre a segurar na tua mão e a garantir-te o óbvio: TUDO VAI CORRER BEM.
Se vires qua a Mamã tem os olhos vermelhos, é alergia ao ar condicionado! ; )
sábado, 1 de maio de 2010
Dia da Mãe
Portanto este dia é, a meu ver, o dia dela.
Além de ter sempre paciência, além de estar constantemente a dar dicas preciosas, além de ser uma ajuda fundamental, é uma verdadeira Dama, que tudo aguenta com um discreto sorriso e a máxima de que 'seja este todo o mal'.
A minha Mãe já fez muitos sacrifícios pelas filhas dela e agora continua a fazê-los por elas e pelos netos.
Portanto, além de desejar a todas as Mães do Mundo um Bom Dia, queria deixar a minha homenagem à minha Mamã e dizer-lhe que ela pode descansar que eu um dia desacelero!
; )
Beijinho agradecido por tudo!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Feliz Dia do Livro!
Um livro é sempre um bom companheiro com o qual podemos viajar sem sair do lugar, ir mais longe, voar e ser super-heróis.
O mundo dos livros é um mundo paralelo onde podemos acompanhar as personagens que tanto nos agradam nas suas aventuras e desventuras - e tudo feito no local de nossa eleição.
Tive a sorte de crescer no meio de livros.
Aprendi a admirá-los.
A respeitá-los.
E ainda a eles recorro muitas vezes - pelo menos uma vez por dia, na tradicional historinha antes de adormecer!
Espero conseguir que vocês conservem o gosto pelos livros, qual legado que me foi passado e que eu gostava de poder passar a vocês.
Mas para já, apenas vos desejo um Bom Dia do Livro!
(certamente haverá volumes novos para todos! ;] )
domingo, 18 de abril de 2010
A minha cicatriz faz 6 anos!
Faz hoje 6 anos que me foi dada uma nova oportunidade.
Faz hoje 6 anos que praticamente renasci.
Depois de mais de oito horas em trabalho de parto, depois de uma primeira experiência no bloco operatório pouco interessante e depois de umas horas num recobro estranho, finalmente cheguei a ti.
Aquele ser que me magoava por dentro, que adorava ouvir Rui Veloso e os hinos do FCP, que acalmava a ouvir a RFM, que me fez comer uvas e bananas, … aquele ser que estava bem aconchegadinho dentro de mim, foi-me colocado ao colo.
É indescritível o que se sente nesse momento! Já passaram 6 anos, mas ainda me lembro do quentinho no coração que conhecer-te causou em mim.
Foi nesse momento que me apercebi do óbvio: a minha vida nunca mais seria a mesma.
E não foi!
Desde então, cada dia, cada vitória, cada passo em frente na tua evolução é uma aventura para mim.
Tenho tentado passar-te alguns ensinamentos, mas também tenho aprendido muito contigo.
E queria que soubesses que, mesmo quando não te deixo jogar PSP, mesmo quando te digo que desligues a televisão depois de cinco episódios do SpongeBob, mesmo quando não te deixo ficar mais uns minutinhos antes de ires para a cama, … mesmo quando me deixas ficar mal, mesmo quando me entalas com uma das tuas tiradas, … eu sou aquela pessoa com a qual poderás contar SEMPRE!
E, como é óbvio, GOSTO MESMO MUITO DE TI – hoje mais do que ontem, mas certamente menos do que amanhã.
PARABÉNS, filho! E OBRIGADA por fazeres de mim uma pessoa melhor e mais completa!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Mais citações!
domingo, 11 de abril de 2010
Mas como é que eu respondo a isso?!
De tal forma que achei que deveria registar algumas dessas citações que só não me fazem corar, porque não sou pessoa de me atrapalhar muito; caso contrário...
domingo, 21 de março de 2010
É um ORGULHO internacional ser tua Mãe, filho!
Hora do almoço num restaurante típico e muito bom da cidade.
Almoçava a família com os grandes amigos Sofia e Luís.
Ao nosso lado, uma mesa com portugueses e espanhóis e crianças indomáveis.
A dada altura, durante o compasso de espera entre o café a conta, a senhora portuguesa aproximou-se da nossa mesa e gabou a forma civilizada como te portavas: sem nunca te levantares (excepto para uma ida à casa de banho com a Mamã), sem reclamares muito, sem deixar ninguém ficar mal, almoçaste, brincaste, conversaste e, quando começaste a ficar cansado de estar à mesa, pediste se podias brincar com o teu livro de actividades ao qual te dedicaste.
Encantaste portugueses e espanhóis com a tua civilidade.
Sei que sou dura e que "Apenas tens cinco anos"©, mas deves saber que é para o teu bem.
E se hoje foi uma mesa ibérica que se rendeu a ti, um dia, quem sabe, será o Mundo!
; )
Beijo orgulhoso da tua Mãe que te adora e que espera a ajudes a fazer com que o Mano siga as tuas pisadas!
sexta-feira, 19 de março de 2010
Bem precisamos, meninos
Os Pais prometem.
A necessidade de dar um pulinho ao computador vai ficar em casa.
Os Pais prometem.
O "espera só um segundo que eu tenho de acabar isto num instante" vai ficar em casa.
Os Pais prometem.
Vamos visitar AMIGOS dos bons e levamos connosco apenas carinho e vontade de estarmos todos juntos e de usufruirmos tanto dos amigos, como uns dos outros.
Os Pais prometem!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Dia do Pai
É o que dá eles serem mais do que meros Pais e serem verdadeiros Papás!
terça-feira, 9 de março de 2010
Ai estes meus filhos!
No outro dia, em jeito de desabafo, proferi umas palavrinhas que não deveria ter dito, dado que estava à frente dos meus filhos.
Mas depressa fui castigada!
O dia não estava a ser fácil depois de uma noite longa e de uma semana extenuante. Portanto, quando disse "tudo me acontece" não estava a ser pessimista, apenas estava a desabafar. Coisas de adulto!
Mas alguém ouviu e decidiu castigar-me: "Mamã, tiveste água e lama a entrar pela casa dentro? Estiveste metida em terra durante uma hora e meia até que te salvassem? A imagem da Nossa Senhora foi a única coisa que se salvou perto de ti? Não, pois não? Então pensa nas pessoas da Madeira e nunca mais digas esse disparate!"
Sim, eu sei que ele teve razão, mas que reajo como?! Como lhe dou razão, sem perder a minha autoridade?!
Optei pela sinceridade que é uma boa técnica nestes casos: "Tens razão, mas isso são modos de falar com a tua Mãe?"
Obviamente, o canhão ainda estava carregado: "Não, não são, mas assim NUNCA mais te esqueces de não repetir isso."
Nas palavras do imortal jornalista: E esta, hein?!
(Aproveito para deixar uma palavra solidária para com as gentes da Madeira que em breve voltará a dançar o seu bailinho, apenas tendo este último episódio como uma recordação. Temos todos contribuido para a vossa recuperaçõa, portanto. FORÇA!)
E
Apanhei-te em flagrante delito: estavas sossegado há imenso tempo. Pouco barulho se ouvia. Por isso, o meu radar de Mãe disparou: coisa boa não podias estar a fazer.
Sorrateiramente cheguei-me a ti, mas sem que me visses.
E eis que o espectáculo se desenrolou perante o meu olhar estarrecido: conseguiste arrastar a tua cadeirinha até chegares a um móvel (como?!?!) e abriste a porta (como?!).
Uma vez esse entrave vencido, só tinhas de escolher por onde começar a tirar todo o conteúdo do armário cá para fora. Felizmente fizeste a opção certa e começaste por uns elementos que te não magoariam.
Mas quando ias avançar para algo mais sério, eu faço a minha presença notar-se e tu olhas para mim em sobressalto.
Hesitas: choro ou não choro?!
Optas por não chorar e lanças-me o teu charme. Fazes uma carinha marota com esses teus olhos enormes a dizerem-me "UPS! Apanhste-me!".
Ralho contigo de forma tranquila - até porque receio sempre que me não entendas. "Atrevido! Isso não se faz!"
Mas tu sabes e olhas para mim e fazes o som típico das Mães que não querem que os filhos façam algo:"Aaaaah!".
Só não percebi se o teu "Aaaaah!" foi para me mostrares que me entendeste ou se foi para comigo ralhar - é que, aqui para nós, pareceste-me mais incomodado com o facto de te ter interrompido do que propriamente com o raspanete.
Vida de Mãe é dura!
domingo, 7 de março de 2010
Obrigada, filhos!
domingo, 28 de fevereiro de 2010
The Invisible Mum
Recebi este texto e achei que deveria partilhá-lo convosco, porque me identifico bastante com o conteúdo.
"It all began to make sense, the blank stares, the lack of response, the way one of the kids will walk into the room while I'm on the phone and ask to be taken to the store. Inside I’m thinking, 'Can't you see I'm on the phone?'
Obviously not; no one can see if I'm on the phone, or cooking, or sweeping the floor, or even standing on my head in the corner, because no one can see me at all.
I'm invisible.
The Invisible Mom.
Some days I am only a pair of hands, nothing more! Can you fix this? Can you tie this? Can you open this??
Some days I'm not a pair of hands; I'm not even a human being. I'm a clock to ask, 'What time is it?' I'm a satellite guide to answer, 'What number is the Disney Channel?' I'm a car to order, 'Right around 5:30, please.'
I was certain that these were the hands that once held books and the eyes that studied history and the mind that graduated summa cum laude -but now, they had disappeared into the peanut butter, never to be seen again.
She's going, she's going, she's gone!?
One night, a group of us were having dinner, celebrating the return of a friend from
It was hard not to compare and feel sorry for myself. I was feeling pretty pathetic, when Janice turned to me with a beautifully wrapped package, and said, 'I brought you this.' It was a book on the great cathedrals of
'To
In the days ahead I would read - no, devour - the book. And I would discover what would become for me, four life-changing truths, after which I could pattern my work.
No one can say who built the great cathedrals - we have no record of their names. These builders gave their whole lives for a work they would never see finished. They made great sacrifices and expected no credit. The passion of their building was fuelled by their faith that the eyes of God saw everything.
A legendary story in the book told of a rich man who came to visit the cathedral while it was being built, and he saw a workman carving a tiny bird on the inside of a beam. He was puzzled and asked the man, 'Why are you spending so much time carving that bird into a beam that will be covered by the roof, No one will ever see it. And the workman replied,
'Because God sees.'
I closed the book, feeling the missing piece fall into place.
It was almost as if I heard God whispering to me, 'I see you, Charlotte. I see the sacrifices you make every day, even when no one around you does. No act of kindness you've done, no sequin you've sewn on, no cupcake you've baked, is too small for me to notice and smile over. You are building a great cathedral, but you can't see right now what it will become. At times, my invisibility feels like an affliction. But it is not a disease that is erasing my life. It is the cure for the disease of my own self-centeredness. It is the antidote to my strong, stubborn pride.
I keep the right perspective when I see myself as a great builder. As one of the people who show up at a job that they will never see finished, to work on something that their name will never be on. The writer of the book went so far as to say that no cathedrals could ever be built in our lifetime because there are so few people willing to sacrifice to that degree.'
When I really think about it, I don't want my son to tell the friend he's bringing home from college for Thanksgiving, 'My Mom gets up at
I just want him to want to come home.
And then, if there is anything more to say to his friend, to add, 'You're gonna love it there.'"
Como Mães, estamos a construir grandes catedrais.
Se estivermos a fazer um bom trabalho, não devemos ser vistas.
E, um dia, é bem possível que o Mundo se maravilhe, não só com o que nós construímos, mas também com a beleza que foi adicionada ao Mundo pelos innumeros sacrifícios de Mulheres Invisíveis.
Bom trabalho, Mães!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Desculpem, meus queridos!
Aliás, tudo o que envolva ter de pensar muito tem sido complicado.
Por isso achei que vos devia um pedido de desculpas.
Desculpem!
No entanto, fica a certeza eterna: adoro-vos, meus filhos.
Adoro-vos a valer!
E como sempre: hoje mais do que ontem, mas muito menos que amanhã.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Assim não brinco, meninos!
Assim não brinco: eu quero que vocês continuem os meus pequenitos! : (
Se numa cama dorme um anjo que já tem os primeiros dentitos à espreita e que começa a mostrar que gosta é de estar de pé e experimentar novas aventuras, na outra dorme um reguila com uma sede tremenda por aprender tudo e com uma capacidade inegável para colocar dúvidas pertinentes.
E, no meio, eu, a correr de uma cama para outra para ver se vocês estão muito quentes ou se têm frio; para confirmar que respiram e estão confortáveis; … ou para simplesmente ver-vos dormir, admirar as vossas semelhanças e constatar o óbvio: quando estão sossegadinhos vocês são ainda mais bonitos!
; )
As dúvidas que me assaltam são tremendas; algumas são mesmo impronunciáveis, mas creio que todas as Mães passam por isso.
Daquelas que se podem dizer, devemos perguntar-nos todas o mesmo: como vão ser quando forem maiores?
A adoração que vos une manter-se-á?
As vossas guerras serão controláveis pela ONU-Mamã ou terei de ir buscar artilharia mais pesada?
Sim, penso nisso tudo e tenho a minha opinião – mas não a vou dar, claro.
Neste momento, apenas tento usufruir do facto do meu colinho ainda ser o vosso preferido, dos meus beijinhos ainda serem capazes de vos tirar dores e de ser o meu nome o primeiro que chamam (cada um à sua maneira, claro!) quando acordam estremunhados ou estão assustados. AH pois é, que daqui por uns tempos estará fora de questão andar na rua comigo, quanto mais um beijo num lugar público. [“Por favor, Mãe!” a ler com o tom mais indignado possível]Portanto, façam o favor de me começar a obedecer e fiquem pequenininhos só para mim!
Pelo menos só mais um bocadinho!
Combinado?
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
24 horas de Mãe condensados em 2 minutos e meio!
Mas há momentos em que as forças rareiam e dou por mim a sentir-me um ser que não é ouvido, nem entendido, nem ... visto sequer.
E quando descobri que havia um hino às mulheres que se sentem assim, não pude deixar de o difundir.
Hoje, deixo aqui a indicação: http://www.youtube.com/watch?v=CXgoJ0f5EsQ
Vale a pena!
domingo, 17 de janeiro de 2010
Mil perdões, meus queridos!
A Mãe anda tão cansada que deixou cair o telemóvel numa das sanitas de nossa casa. Descansem: só lá estava água e detergente. Mas a verdade é que os reflexos não foram suficientemente rápidos para o salvar de um molhado e trágico destino.
Claro que agora o castigo é tremendo: pedir o número de contacto a toda a gente (sim, a informação estava toda guardada no telemóvel e não no cartão) e tentar encaixar na agenda uma ida à loja de assistência para ver se há uma leve esperança de recuperação.
Mas o mais doloroso não é isso: são os registos daqueles vossos momentos especiais que se perderam, porque ainda não os tinha passado para o computador.
Vivemos numa época tão tecnológica que ao mínimo percalço perdemos tudo e ficamos logo todos atrapalhados e sem referências. É tremenda esta dependência dos aparelhómetros. E no vosso tempo de adultos deverá ser ainda maior, não? Pois olhem, eu ainda sou de tempo em que se vivia sem telemóvel, sem correio electrónico e sem consolas – e vivíamos felizes e contentes, sabem? Não, não sabem, nem vão saber nunca. A vossa geração já nasce a perceber mais de comandos e de iPhones e afins do que nós que nos temos tido de actualizar para vos acompanhar. Tudo com vantagens; mas também com algumas desvantagens – ou não fosse esse o ‘preço do progresso’.
Bom, mas voltando que realmente importa: felizmente as questões mais mundanas não me preocupam; mas o ter perdido as fotografias e os vídeos que tinha de vocês os dois a brincarem, um a cantar, outro a palrar, as gargalhadas de ambos, a música de Natal cantada há dois anos, a primeira colherada de papa … esses momentos perdidos no fundo de uma sanita. De uma sanita limpíssima, mas uma sanita mesmo assim!
Peço-vos que me desculpem. Sei bem que não compreendem a tristeza que este incidente criou em mim. E que em boa verdade, não deveria ter criado, já que tenho os originais comigo diariamente. Mas são registos que, penso, um dia vocês vão gostar de partilhar e de ver. E alguns desses foram perdidos num mar de água com cheiro a desinfectante.
Que pena! : (
Mas agora, não há nada a fazer, certo? Agora resolva-se a questão mecânica do aparelho (que, por acaso, é o meu telemóvel favorito, e olhem que a Mãe já teve alguns!) e avance-se. Certo? Até porque vocês ainda têm de me dar inúmeros motivos para vos filmar e/ou fotografar, não é? A tristeza é que já ninguém ma tira, mas a lição ficou aprendida e não torna a acontecer. Prometo!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
E: Socorro - tenho um parceiro da Mafaldinha em casa!
Nesta nova fase de introdução de alimentos na tua dieta, cada refeição é uma aventura. Uma verdadeira odisseia!
Até agora temo-nos entendido, com batas e babetes e toalhetes e muita música e imensas lengalengas e inúmeras palhaçadas e... todas as artimanhas de que me lembro para te abrir a boca e por ela fazer escorregar a tão necessária papa em que são carinhosamente transformados os legumes.
Mas não está fácil!
Tu não facilitas em nada!
E com esses dentes que ameaçam nascer, mas não concretizam esse prenúncio e tanto nos perturbam as horas de descanso, digo-te uma coisa: não podes duvidar um segundo do quanto eu gosto de ti! Especialmente, porque a comer a papa as tuas reclamações se referem ao facto de o intervalo entre colheres ser muito longo.
Bem sei que já descobriste que quando sorris me derretes e dissipas as núvens de mau humor que se começam a vislumbrar no meu semblante. Mas olha que essas artimanhas não duram para sempre.
Portanto, deixa lá de ser influenciado pela eterna amiga da sopa em BD e começa a dar algum sossego à ma-ma-ma (sim, esta tua sequência de sons também funciona bem para me desarmar!).
Estamos combinados?
F: Coração partido!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O seu a seu dono!
No outro dia estava a ver um episódio desta série de que tanto gosto, quando ouvi algo curioso: uma filha dizia oas médicos que não podia informar a Mãe do acidente que tinha tido, porque sempre que a rapariga se decidia a fazer algo mais radical, a Mãe recordava-a de que a tinha feito: "Vê lá o que fazes, porque eu criei esse corpo do nada."
Achei deliciosa a ideia pela simplicidade da verdade nela contida.
Por isso, criei este espaço. Um espaço reservado à minha experiência de Mãe de dois rapazes lindos, saudáveis, inteligentes e detentores de duas personalidades bastante fortes. Cada um no grupo etário que lhe corresponde, preenchem a minha vida enriquecendo-a e validando-a. Sim, porque eu criei os corpos deles do nada, mas eles recriam-me a cada nova conquista!
Por vos adorar e querer com o Mundo partilhar a honra que é ser vossa Mãe, eis este espaço!