quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Assim não brinco, meninos!

Estive a ver-vos dormir e até me assustei: vocês estão enormes!
Assim não brinco: eu quero que vocês continuem os meus pequenitos! : (
Se numa cama dorme um anjo que já tem os primeiros dentitos à espreita e que começa a mostrar que gosta é de estar de pé e experimentar novas aventuras, na outra dorme um reguila com uma sede tremenda por aprender tudo e com uma capacidade inegável para colocar dúvidas pertinentes.
E, no meio, eu, a correr de uma cama para outra para ver se vocês estão muito quentes ou se têm frio; para confirmar que respiram e estão confortáveis; … ou para simplesmente ver-vos dormir, admirar as vossas semelhanças e constatar o óbvio: quando estão sossegadinhos vocês são ainda mais bonitos!
; )
As dúvidas que me assaltam são tremendas; algumas são mesmo impronunciáveis, mas creio que todas as Mães passam por isso.
Daquelas que se podem dizer, devemos perguntar-nos todas o mesmo: como vão ser quando forem maiores?
A adoração que vos une manter-se-á?
As vossas guerras serão controláveis pela ONU-Mamã ou terei de ir buscar artilharia mais pesada?
Sim, penso nisso tudo e tenho a minha opinião – mas não a vou dar, claro.
Neste momento, apenas tento usufruir do facto do meu colinho ainda ser o vosso preferido, dos meus beijinhos ainda serem capazes de vos tirar dores e de ser o meu nome o primeiro que chamam (cada um à sua maneira, claro!) quando acordam estremunhados ou estão assustados. AH pois é, que daqui por uns tempos estará fora de questão andar na rua comigo, quanto mais um beijo num lugar público. [“Por favor, Mãe!” a ler com o tom mais indignado possível]Portanto, façam o favor de me começar a obedecer e fiquem pequenininhos só para mim!
Pelo menos só mais um bocadinho!
Combinado?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

24 horas de Mãe condensados em 2 minutos e meio!


Não me canso de dizer e repito: ADORO SER MÃE!

Mas há momentos em que as forças rareiam e dou por mim a sentir-me um ser que não é ouvido, nem entendido, nem ... visto sequer.

E quando descobri que havia um hino às mulheres que se sentem assim, não pude deixar de o difundir.

Hoje, deixo aqui a indicação: http://www.youtube.com/watch?v=CXgoJ0f5EsQ

Vale a pena!


domingo, 17 de janeiro de 2010

Mil perdões, meus queridos!


Queria pedir-vos desculpa formalmente.
A Mãe anda tão cansada que deixou cair o telemóvel numa das sanitas de nossa casa. Descansem: só lá estava água e detergente. Mas a verdade é que os reflexos não foram suficientemente rápidos para o salvar de um molhado e trágico destino.
Claro que agora o castigo é tremendo: pedir o número de contacto a toda a gente (sim, a informação estava toda guardada no telemóvel e não no cartão) e tentar encaixar na agenda uma ida à loja de assistência para ver se há uma leve esperança de recuperação.
Mas o mais doloroso não é isso: são os registos daqueles vossos momentos especiais que se perderam, porque ainda não os tinha passado para o computador.
Vivemos numa época tão tecnológica que ao mínimo percalço perdemos tudo e ficamos logo todos atrapalhados e sem referências. É tremenda esta dependência dos aparelhómetros. E no vosso tempo de adultos deverá ser ainda maior, não? Pois olhem, eu ainda sou de tempo em que se vivia sem telemóvel, sem correio electrónico e sem consolas – e vivíamos felizes e contentes, sabem? Não, não sabem, nem vão saber nunca. A vossa geração já nasce a perceber mais de comandos e de iPhones e afins do que nós que nos temos tido de actualizar para vos acompanhar. Tudo com vantagens; mas também com algumas desvantagens – ou não fosse esse o ‘preço do progresso’.
Bom, mas voltando que realmente importa: felizmente as questões mais mundanas não me preocupam; mas o ter perdido as fotografias e os vídeos que tinha de vocês os dois a brincarem, um a cantar, outro a palrar, as gargalhadas de ambos, a música de Natal cantada há dois anos, a primeira colherada de papa … esses momentos perdidos no fundo de uma sanita. De uma sanita limpíssima, mas uma sanita mesmo assim!
Peço-vos que me desculpem. Sei bem que não compreendem a tristeza que este incidente criou em mim. E que em boa verdade, não deveria ter criado, já que tenho os originais comigo diariamente. Mas são registos que, penso, um dia vocês vão gostar de partilhar e de ver. E alguns desses foram perdidos num mar de água com cheiro a desinfectante.
Que pena! : (
Mas agora, não há nada a fazer, certo? Agora resolva-se a questão mecânica do aparelho (que, por acaso, é o meu telemóvel favorito, e olhem que a Mãe já teve alguns!) e avance-se. Certo? Até porque vocês ainda têm de me dar inúmeros motivos para vos filmar e/ou fotografar, não é? A tristeza é que já ninguém ma tira, mas a lição ficou aprendida e não torna a acontecer. Prometo!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

E: Socorro - tenho um parceiro da Mafaldinha em casa!



Nesta nova fase de introdução de alimentos na tua dieta, cada refeição é uma aventura. Uma verdadeira odisseia!
Até agora temo-nos entendido, com batas e babetes e toalhetes e muita música e imensas lengalengas e inúmeras palhaçadas e... todas as artimanhas de que me lembro para te abrir a boca e por ela fazer escorregar a tão necessária papa em que são carinhosamente transformados os legumes.
Mas não está fácil!
Tu não facilitas em nada!
E com esses dentes que ameaçam nascer, mas não concretizam esse prenúncio e tanto nos perturbam as horas de descanso, digo-te uma coisa: não podes duvidar um segundo do quanto eu gosto de ti! Especialmente, porque a comer a papa as tuas reclamações se referem ao facto de o intervalo entre colheres ser muito longo.
Bem sei que já descobriste que quando sorris me derretes e dissipas as núvens de mau humor que se começam a vislumbrar no meu semblante. Mas olha que essas artimanhas não duram para sempre.
Portanto, deixa lá de ser influenciado pela eterna amiga da sopa em BD e começa a dar algum sossego à ma-ma-ma (sim, esta tua sequência de sons também funciona bem para me desarmar!).
Estamos combinados?

F: Coração partido!


Ninguém tem mais o dom de partir o coração de uma Mãe, que um filho.
Um olhar, uma expressão, uma palavra, uma atitude ... tudo pode ser uma arma fatal para uma Mãe.
E hoje, o meu ficou partido ao ver os teus olhos verdadeiramente tristes. O motivo era pouco importante e depressa o ultrapassaste. Mas saber que passo o dia ocupada e acelerada, ansiando pelo nosso reencontro e ele foi ... como foi, ... deixa-me de rastos. Parece que corri uma maratona emocional e fiquei em último lugar.
E logo hoje que ansiava por uma daquelas tuas recepções de mimo e beijos e abraços.
Enfim!
Amanhã é outro dia e já a ferida estará menos fresca.
Apesar de tudo, nunca te esqueças: hoje gosto de ti mais do que ontem, mas menos que amanhã!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O seu a seu dono!



No outro dia estava a ver um episódio desta série de que tanto gosto, quando ouvi algo curioso: uma filha dizia oas médicos que não podia informar a Mãe do acidente que tinha tido, porque sempre que a rapariga se decidia a fazer algo mais radical, a Mãe recordava-a de que a tinha feito: "Vê lá o que fazes, porque eu criei esse corpo do nada."

Achei deliciosa a ideia pela simplicidade da verdade nela contida.

Por isso, criei este espaço. Um espaço reservado à minha experiência de Mãe de dois rapazes lindos, saudáveis, inteligentes e detentores de duas personalidades bastante fortes. Cada um no grupo etário que lhe corresponde, preenchem a minha vida enriquecendo-a e validando-a. Sim, porque eu criei os corpos deles do nada, mas eles recriam-me a cada nova conquista!

Por vos adorar e querer com o Mundo partilhar a honra que é ser vossa Mãe, eis este espaço!